“Como Maçãs de Ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Pv. 25.11)

“Feliz o homem que acha a sabedoria e o homem que adquire o conhecimento;
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

OS PEQUENOS SERVOS DA PEQUENA SUSY - CAPÍTULO VII

OS PEQUENOS SERVOS DA PEQUENA SUSY - ELIZABETH PRENTISS

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CAPÍTULO VII


Logo que a Susy aprendeu a andar, ela estava tão contente por descobrir que podia correr para todos os lados, que ela gostava muito de correr e pegar coisas para a sua mamãe ou para o seu papai.
Ela se sentiu quase como uma mocinha quando ela descobriu que podia carregar uma das botas do seu pai e entregá-la a ele; e quão alegre ela ficou quando a sua mãe lhe enviou para pegar a sua cesta de trabalhos manuais! Quando o Robbie estava sendo vestido, ela gostava de ficar bem pertinho e segurar os pinos para a sua mãe, e ela até pensava que podia pentear os seus cabelos e atar as suas roupinhas, se eles a deixassem tentar.
            Mas à medida em que ela crescia em idade, em força e em sabedoria, e assim se tornava mais capaz de correr para ajudar a sua mãe ou de esperar pelo seu pai, a Susy também se tornou mais egoísta. Se a sua mãe lhe dissesse: “Susy, traga à mamãe a minha cesta de trabalhos.” A Susy só dizia: “Espere um minuto, mamãe!”, e continuava brincando. Ou então, ela perguntava: “Eu tenho mesmo que ir pegá-la?”; ou então: “eu não posso esperar até que eu termine esta minha casinha?”. E se o seu papai dissesse: “A minha pequena Susy não quer vir fazer um cafuné na cabeça do papai?” A Susy podia até se dispor a dar um ou dois pequenos agrados em sua cabeça, mas então ela corria de volta para ir brincar.
            Foram muitos os métodos usados pelos seus pais para curar a Susy destas falhas. Um dos melhores deles foi nunca deixar que ela fizesse um favor depois que ela já tivesse colocado algum empecilho para fazê-lo. Quando a sua mãe lhe pedia para correr e pegar um livro para ela, e a Susy parecia mal disposta, ou ia bem devagarinho, ou dizia: “Ah, mãe!”; então o seu pai olhava para ela e dizia: “Pare, Susy! Você não pode ir. Ninguém deve ajudar a mamãe agindo ou falando assim!”  E então ele mesmo ia até à prateleira e pegava o livro por si mesmo, e a Susy se sentia tão envergonhada!
E logo que o Robbie cresceu um pouco e podia usar os seus próprios pés e mãos, a Susy aprendeu com o seu comportamento a obedecer rápida e alegremente; pois não importava o quão ocupado o Robbie estava, ele sempre sorria quando o seu pai lhe pedia para pegar alguma coisa para ele; e se a Susy não pulasse naquele exato momento em que lhe mandavam, o Robbie iria primeiro e então ele ganharia um doce beijo e um amoroso sorriso como recompensa.
            Mas você não deve pensar que a Susy nunca tentava ser boazinha ou que ela nunca fazia o bem. O seu pai e a sua mãe muitas vezes sentiam grande conforto em ver que certas vezes ela realmente tentava fazer coisas gentis e amáveis por eles. Quando ela via que o seu pai parecia cansado, ela muitas vezes ia até ele e dizia:
- “Querido papai, quando eu crescer, eu vou fazer todo o trabalho pra que o senhor possa só ficar sentado!” - Ou então – “Eu posso lhe fazer um cafuné, ou pegar os seus chinelos?” E quando a sua mãe via que ela se sentia e se comportava tão docemente, ela não esquecia de lhe contar, logo antes dela ir para a cama, o quanto ela tinha ficado contente com a sua boa atitude.
            - As minhas mãozinhas têm sido boazinhas hoje - ela disse em uma certa noite. - E eu espero que a mamãe venha beijá-las quando elas tem sido boas.
 A sua mãe sorriu, e as beijou, e então Susy as fechou juntamente e se ajoelhou para orar. E depois que ela estava em sua cama, ela disse:
- As minhas mãos não serão mais tão danadas. Elas nunca vão bater no Robbie, nunca vão tomar os seus brinquedos e nunca vão tocar nas coisas dos outros.
            E então a sua mãe lhe contou uma história sobre uma menininha que teve de ficar de pé ao lado do caixão do seu irmãozinho, e que, tomando aquela pequena e fria mão, a beijou e disse: “Esta mãozinha nunca me bateu!” A Susy ficou quietinha e pensativa, e ela pensou por um bom tempo depois de ouvir esta história.
- Mamãe! – ela disse, afinal – Eu vou tentar fazer o bem. E então, talvez, quando eu morrer, você vai lembrar de mim e você poderá tomar a minha mãozinha e dizer: “Esta mãozinha nem sempre foi boa, mas ela tentou ser boa e, algumas vezes, ela me acariciou e me amou.”

Então a Susy levantou a sua mão e fez carinho nas bochechas da sua mãe e continuou dizendo: “Querida mamãe, doce mamãe!”, até cair no sono.   

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